No nosso Projeto Arquidiocesano de Evangelização da Juventude (PAEJU), no número 39, há um reconhecimento da pluralidade e da diversidade de juventudes existentes no contexto atual: “não se pode compreender a juventude como um bloco homogêneo e único. Por isso mesmo, é cada vez mais comum não se referir apenas à juventude e sim às juventudes, pois os contextos são de tal modo diferentes e autônomos entre si que revelam elementos profundamente originais. Tais elementos produzem grupos juvenis variados. Levar em conta esta constatação juvenil é o primeiro passo para evitar discursos ou análises demasiadamente superficiais ou abrangentes”. Esta realidade plural e heterogênea da juventude se revela também no modo como os jovens vão se organizando na igreja, a partir de diversos grupos eclesiais com natureza e características peculiares. O Papa Francisco, considera o surgimento e o crescimento destes grupos como ação do Espírito na igreja: “A proliferação e crescimento de associações e movimentos com características predominantemente juvenis podem ser interpretados como uma ação do Espírito que abre novos caminhos” (Christus Vivit, nº 202).
Após constatar a pluralidade dos grupos juvenis na igreja, o Papa Francisco chama a atenção para a necessidade de articulá-los na pastoral de conjunto e sobre a urgência de promover uma maior comunhão entre eles (Cf. Christus Vivit, nº 220). Na 26ª Assembleia de Pastoral da Arquidiocese de Mariana, ao definir a Juventude como prioridade pastoral do ano de 2019, percebeu-se a necessidade de articular as diferentes expressões juvenis na nossa Igreja particular. Assim encontramos no relatório final da Assembleia: “Buscar a integração das diferentes expressões juvenis na Arquidiocese de Mariana” (Relatório final da 26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, p. 72). No encontro acontecido entre Dom Airton, os vigários episcopais e os vigários forâneos, no dia 04 de dezembro de 2018 (após a realização da 26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral), falou-se a respeito da necessidade de rearticular os trabalhos que há na Arquidiocese com relação à juventude. Diante desta realidade, tornam-se inevitáveis as perguntas: como articular as diversas expressões juvenis no processo evangelizador da igreja? Como incluir estes grupos na Pastoral de conjunto da nossa Arquidiocese?
A equipe de Coordenação arquidiocesana de pastoral, juntamente com Dom Airton, ao preparar a pauta do CAP (Conselho Arquidiocesano de Pastoral), decidiu reapresentar a questão para ser discutida na reunião do dia 24 de maio. E assim foi feito! Após reflexões, ponderações e sugestões dos conselheiros, foi proposta a criação de uma equipe arquidiocesana de animação juvenil a partir das foranias, com representações das expressões existentes em cada uma delas. Serão também convidados para a primeira reunião com o Coordenador arquidiocesano de pastoral, os representantes jovens que participaram do processo de confecção do PAEJU (Projeto Arquidiocesano de Evangelização da Juventude).