Basílica de N. Sra. do Pilar



O título de Basílica é conferido pelo Papa, através da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, por meio de um Decreto.

Este título é concedido a uma igreja que se destaca no seu valor histórico, artístico, religioso, bem como pela sua importância quanto a sua vida litúrgica e pastoral.

BRASÃO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DO PILAR DE OURO PRETO

Justificação Heráldica:

1 - As cores ouro e vermelho, além de representar as cores da autoridade papal, representam também, no Brasil, as cores da arte barroca.
2 - No primeiro quartel, o pilar de granito brocado pela cruz malteza é o tradicional símbolo da Irmandade de Nossa Senhora do Pilar.
3 - No segundo quartel, o ostensório de ouro é o tradicional símbolo que representa a Irmandade do Santíssimo Sacramento.
4 - No terceiro quartel, representando a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, estão doze estrelas de prata que fazem alusão aos doze anjos de prata encontrados no altar-mor da Basílica.
5 - No quarto quartel está representada a cidade de Ouro Preto, aonde se encontra a Basílica. O lema do brasão municipal é "Precioso Ouro Negro", em referência ao tipo de ouro encontrado no início da povoação.
6 - Como insígnia papal, reservada para timbrar brasões de basílicas, está o conjunto simbólico formado pelas chaves de ouro e prata, e o ombrelino.

 
Anjos Capela Mor

Quais as características arquitetônicas da Basílica?

A Basílica do Pilar apresenta estrutura arquitetônica caracterizada pela justaposição de duas formas quadrangulares, a primeira correspondente à nave ou corpo da igreja, e a segunda, mais alongada, a capela-mor e sacristia, tendo no segundo pavimento o tradicional consistório. O acesso à sacristia é feito por corredores laterais encimados por tribunas. A forma poligonal da nave advém de uma estrutura postiça de madeira, com pesados esteios que suportam a armação dos retábulos e as tribunas, prolongando-se até a cobertura. Entre esta estrutura de madeira e as paredes de alvenaria encontram-se, no primeiro pavimento, passagens irregulares que se comunicam pela parte posterior com os corredores que levam à sacristia. Estas passagens permitem também o acesso aos púlpitos e são encimadas por tribunas em largas aberturas que iluminam a nave.


Quais as características do frontispício?

Em 1781, em virtude da fragilidade da taipa, foi necessário reparar uma das torres que ameaçava desabar. Em 1818, uma parede inteira do edifício também corria o risco de desabamento. Desta forma, era inevitável a obra de reedificação do templo, verificada, finalmente, em 1825, com a substituição da parede de taipa do lado da Epístola por alvenaria de pedra. Em 1848 foram concluídos o frontispício e a torre do lado do Evangelho, conferindo à Matriz do Pilar sua configuração atual.Entre 1828 e 1848, o frontispício foi reconstruído em pedra. Feita em meados do século XIX, a fachada atual substituiu a do século XVIII, constituindo-se numa espécie de síntese dos frontispícios do Rosário e São Francisco, tendo sofrido influência ainda do Carmo no frontão.


De quem é o projeto e quais os principais construtores?

O projeto da igreja é atribuído ao engenheiro militar Pedro Gomes Chaves Xavier a partir de traçado poligonal de 1736 atribuído a Antônio Francisco Pombal, irmão do pai de Aleijadinho. O trabalho de carpintaria nos forros, cimalha e pés direitos foi executado por Pombal (entre 1721 e 1745), dando unidade decorativa à nave poligonal. O risco do forro da nave foi de autoria do carpinteiro Antonio da Silva (1737); seus quinze painéis com molduras marmorizadas e faiscadas que retratam passagens do Antigo Testamento foram pintados por João Carvalhais em 1768. - Quais as caracteristicas dos altares da nave?O altar de São Miguel foi concluido em 1734 pelo entalhador Manoel de Brito (talvez parente de Francisco Xavier de Brito) e dourado em 1741 pelos pintores João da Graça e Bento Teixeira. A imagem do Arcanjo Miguel data de 1714 e só foi estofada e encarnada em 1733. O Cristo Crucificado em tamanho natural foi feito em 1736 pelo santeiro Antonio Rodrigues Quaresma e encarnada pelo pintor Manoel de Almeida.Os altares dos Passos, do Rosário dos Pretos e de Sant´Ana também foram feitos por Manoel de Brito. O altar de Santo Antônio não tem autoria determinada, sendo que recebeu douramento de José Martins Lisboa.


Quais as características dos altares da nave?

O altar de São Miguel foi concluído em 1734 pelo entalhador Manoel de Brito (talvez parente de Francisco Xavier de Brito) e dourado em 1741 pelos pintores João da Graça e Bento Teixeira. A imagem do Arcanjo Miguel data de 1714 e só foi estofada e encarnada em 1733. O Cristo Crucificado em tamanho natural foi feito em 1736 pelo santeiro Antonio Rodrigues Quaresma e encarnada pelo pintor Manoel de Almeida.Os altares dos Passos, do Rosário dos Pretos e de Sant´Ana também foram feitos por Manoel de Brito. O altar de Santo Antônio não tem autoria determinada, sendo que recebeu douramento de José Martins Lisboa.

Quais as características do arco do cruzeiro?

O arco-cruzeiro teve o trabalho do entalhador Ventura Alves Carneiro em 1751. O resplendor do trono da capela-mor recebeu em 1754 a talha de José Coelho de Noronha.


Quais as características da capela-mor?

A talha da capela-mor, considerada a obra-prima do gênero no período, foi realizada por Francisco Xavier de Brito e executada de 1746 a 1751, ou seja, até a sua morte. O coroamento do altar-mor representa a Santíssima Trindade rodeada por vários anjos e querubins de diferentes tamanhos. As cimalhas da capela-mor são povoadas com alegorias das Virtudes teologais (Fé, Esperança, Caridade) e cardinais (Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança). A capela-mor foi reconstruída em maiores proporções e decorada em talha dourada entre 1741 e 1754, período conturbado pela falência do principal arrematante Antônio Francisco Pombal, em 1744, e morte do entalhador Francisco Xavier de Brito, em 1751. Entretanto, somente vinte anos mais tarde foi definitivamente concluída a sua decoração, que consistiu nos trabalhos de pintura, douração da talha e painéis laterais. O atraso se justifica pela necessidade de reconstrução da abóbada, comprometida pela ação da chuva, o que se verificou somente em 1770. As colunas torsas e as pilastras chamadas de quartelões foram adotadas como elementos de suporte, mas também exaltam a força e a virilidade. Os painéis das laterais da capela-mor, representando as estações do ano, são de autoria de Bernardo Pires.