Pe Adilson Luiz Umbelino Couto
Saudando e rezando pelas Mães com um texto do servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida. Adaptamos este texto para os dias atuais, às vésperas desta comemoração tão importante para as nossas famílias.
O Dia das Mães suscita em nós muito afeto e emoção. Há alguns que exploram esta data com excessiva propaganda comercial. Prescindamos deste lado interesseiro. O importante é que todos temos mãe. Embora, neste ano de 2021, as circunstâncias desta comemoração são bem diferenciadas.
Alguns possuem o privilégio de tê-la pertinho, a seu lado. Outros estão distantes de suas mães. Nestes dias escrevem mensagens, procuram, se possível, telefonar para uma palavra de saudação e carinho. Há aqueles que não conheceram a própria mãe ou que, ainda na infância, ficaram dela separados pela morte prematura.
Cremos na vida eterna. Sabemos, à luz da fé, que pela misericórdia de Deus a graça e a ressurreição de Cristo a todos são oferecidas. Pelo pensamento e pela prece podemos, assim, avivar a certeza do amor e auxílio dos que já faleceram e estão na paz de Deus. As mães, que deixaram esta vida e encontram-se na presença plena de Deus, continuam nos amando e se interessando por nós.
Neste dia, cada um, a seu modo, terá presente a sua mãe, para lhe manifestar o afeto filial. Mesmo os que não tiveram um relacionamento carinhoso com sua mãe ou até ficaram desamparados pelos pais, sabem que depois de Deus, é à própria mãe que devem o dom da vida e que, por este único título, ela já merece toda nossa gratidão.
A melhor expressão de nosso afeto filial é a de rezarmos, agradecendo a Deus, pela mãe que nos deu, pedindo que Deus a abençoe a onde ela estiver.
Nesta prece pelas mães, convém pensar naquelas que mais sofrem. Lembremo-nos das mães de filhos doentes e deficientes. Mães de viciados pela droga. Mães de filhos presos, desaparecidos ou assassinados. Mães de terroristas. Mães que estão nos países em guerra. Mães em campos de refugiados, em terras assoladas pela fome. Mães de pacientes da COVID-19 e outros que lutam para sobreviver.
Há muito por quem rezar. É preciso pedir a Deus para que o coração da mãe continue a ensinar ao mundo, egoísta e ambicioso, a generosidade do amor gratuito, a beleza do padrão, da ternura e da paciência.
No mês de maio as comunidades cristãs voltam seu olhar para a Mãe de Jesus. Ela é modelo de todas as mães. Aceitou na fé dar à luz o Filho de Deus. Viveu a seu lado, com coragem, as alegrias e dores de sua missão redentora. Não hesitou diante das provas e perseguições. O Evangelho descreve com realismo a presença de Maria aos pés na cruz. Obediente à vontade de Deus e à missão de seu Filho, sustentou os discípulos, na hora do medo e do desânimo, e tornou-se para toda humanidade o exemplo mais belo de amor materno e fidelidade à graça de Deus.
É à Mãe de Deus que confiamos todas as mães. Neste momento árduo de nossa pátria e de todo o mundo, de perplexidade diante do futuro, precisamos, não só rezar pelos dirigentes das nações a fim de que sejam dedicados ao povo e competentes, mas necessitamos também de medidas políticas acertadas e eficazes. Mais do que isso o Brasil requer profunda conversão de coração, para eliminar o egoísmo, o ódio, a violência e todo pecado que destrói a fraternidade e o Plano de Deus.
É no coração das mães que estão as maiores reservas morais de nosso povo. Elas, melhor do que ninguém, sabem viver e comunicar o amor. Que a Mãe e Senhora Aparecida, abençoe todas as mães, de modo especial as de nosso convívio, para que continuem sendo a maior riqueza de nossa cidade e nosso Brasil.
Parabéns para todas as mães!