SETENÁRIO DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA
(formulário simples, pra ser rezado em casa, adaptado do Setenário histórico e solene celebrado na Basílica do Pilar de Ouro Preto)
Dir. Vinde, ó Deus, em meu auxílio. T. Socorrei-me sem demora.
Dir. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. T. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Dir. Abri, Senhor, meus lábios para bendizer vosso santo Nome. Purificai meu coração de todos os pensamentos vãos, desordenados e estranhos. Iluminai o meu entendimento, inflamai a minha vontade para que possa rezar digna, atenta e devotamente este ofício e mereça ser atendido na presença de vossa divina Majestade. Por Cristo, Senhor nosso. T. Amém.
Dir. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. T. Amém.
Todos: Ó Virgem sem mancha, cheia de amargura, eu, a criatura mais indigna de estar na vossa soberana presença, vos suplico que ilustreis o meu entendimento e inflameis a minha vontade para que, com o espírito fervoroso e compassivo, contemple, nesse exercício, as vossas dores e, por meio delas, consiga o prêmio que Deus tem prometido aos que as meditam. Amém.
Dir. (canto) Ó mãe dolorosa, que aflita chorais. Repleta de angústia, Bendita sejais. Bendita sejais, Senhora das Dores. Ouvi nossos rogos. Mãe dos pecadores.
Sétima Dor de Nossa Senhora
Maria contempla o Corpo do Filho sendo depositado no sepulcro
Irmãos e irmãs, meditemos agora na última espada de sofrimento de Maria. Ela assistiu à morte do Seu Filho na cruz. Abraçou o Seu corpo sem vida pela última vez. E agora tem que O deixar no túmulo.
A sétima dor foi a dor da solidão da Mãe que deixou no túmulo o Filho amado. Nessa dor ela não desesperou, não se revoltou, perdoou os carrascos do seu Filho e aceitou submissa e obediente a vontade de Deus, a quem disse desde o começo: “Faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1, 38)
Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepultado seu amado Filho Jesus. A quanta humilhação Ele, seu Filho, se sujeitou, deixando-se sepultar. Sendo o Filho de Deus que se fez um de nós, entrando nesse mundo para nos remir e salvar, Jesus, por humildade, obediência à vontade do Pai e por amor a nós, se submeteu à sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos
Bem sabia Ele o quanto Maria sofreria vendo-o sepultado; contudo, não a poupou, para que ela também fosse, até o fim, participante, enquanto associada ao seu sofrimento, da salvação de Deus em favor de todos nós.
Toda mãe sofre amargamente a perda de um filho e, à perda, segue-se, invariavelmente, a lembrança dos momentos passados ao seu lado. Após o sepultamento de Jesus, Maria começa a recordar de cada instante vivido junto de seu Filho.
Todas as dificuldades e todas as alegrias voltaram à memória da Virgem Maria. No entanto, nem as recordações dos momentos agradáveis passados ao lado dele ofereciam-lhe conforto. Pelo contrário, tudo era motivo de angústia. Era a sétima espada de dor que trazia consigo um sofrimento que só se extinguiria com a tão esperada aurora da Ressurreição.
Ó Virgem fiel, ao olhar para o mundo de hoje temos a sensação de que a humanidade está sem rumo. O mundo atravessa uma grave crise e, em nossos tempos, com um flagelo a mais – o coronavírus que vem ceifando a vida de milhares de pessoas, trazendo um rastro de dor e sofrimento às famílias e comunidades. Que rumo tomar?
Vós sois venerada pelos cristãos como a Porta da Aurora. De vós nasceu a salvação – aquele que é a Luz, que veio para iluminar as nações (Lc 2,32). Apesar de todo transe da paixão, a vossa esperança na Ressurreição de vosso Filho Jesus esteve sempre inabalável.
Pelo mesmo amor que tivestes por nós ao nos dar vosso próprio Filho para ser imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação, olhai com especial atenção para a humanidade e intercedei por ela, para que também possamos, em breve, assistir ao fim de tantas crises e pestes, superar todos esses males, e ver o clarão da aurora da salvação de nosso Deus e Senhor; ver imperar, nos corações humanos e na vida dos povos, seu Reino de vida, Justiça e paz.
Sois nosso amparo, Mãe do Bom Conselho. Debaixo de vossa proteção nos refugiamos, Santa Mãe de Deus, Senhora das Dores, Mãe da esperança cristã. Não desprezeis as nossas súplicas, em nossas muitas necessidades, mas livrai-nos de todos os perigos, hoje e sempre, Ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.
Súplica: Conceda-nos, Senhor Jesus, tomar a nossa cruz de cada dia e ser instrumento vosso para ajudar os nossos irmãos/as a carregá-la, com docilidade, fé e amor. Tu, que pregado na cruz, nos reconduziste à liberdade de filhos/as, dá nos e à criação inteira a graça de renascermos à sombra de tua santa cruz, árvore da vida e da salvação. Amém.
– Primeira dor: Em memória da primeira dor e aflição que padeceu Maria Santíssima, quando oferecendo seu filho no templo, ouviu dizer do velho Simeão que uma espada de dor haveria de traspassar-lhe o coração. T. Ave Maria …
– Segunda dor: Em memória da segunda dor, das necessidades e temores que padeceu a Senhora, quando fugiu para o Egito, com seu amado Filho perseguida por Herodes. T. Ave Maria …
– Terceira dor: Em memória da terceira dor, da tristeza e perturbação que padeceu a Senhora, quando perdeu o seu amado Filho, ao voltar do Templo de Jerusalém. T. Ave Maria …
– Quarta dor: Em memória da quarta dor, da amargura que padeceu a Senhora, quando encontrou o seu amado Filho, com a pesada cruz às costas. T. Ave Maria …
– Quinta dor: Em memória da quinta dor, da agonia que padeceu a Senhora, ao ver morrer o seu amado Filho crucificado entre dois ladrões. T. Ave Maria …
– Sexta dor: Em memória da sexta dor, da angústia que padeceu a Senhora, quando desceram o corpo do seu amado Filho da cruz e O puseram em seus braços. T. Ave Maria …
– Sétima dor: Em memória da sétima dor, da soledade que padeceu a Senhora e das lágrimas que derramou ao ficar sem seu amado Filho, nem vivo e nem mesmo morto. T. Ave Maria …
Dir. Ó Senhora, Mãe de Deus e também dos pecadores, humildemente vos ofereço estas sete Ave Marias em reverência de todas as vossas dores, para que me alcanceis de Vosso amado Filho resignação com sua Vontade e um vivo sentimento dos tormentos de sua paixão e morte de cruz. T. Amém.
(faz só a que estiver em relação à dor meditada)
– 1ª Sexta-feira: Vê, Senhor, como estou atribulada, como estou cheia de amargura; meu coração está transtornado em mim mesma. (Lm 1,20)
– 2ª Sexta-feira: Ó vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha dor! (Lm 1,12)
– 3ª Sexta-feira: Desfez-se em dor. Minha vida se desfez em dor, em gemidos se desfez. (Sl 30,11)
– 4ª Sexta-feira: Chorando chorou durante a noite, e as suas lágrimas corriam pelas suas faces. Não há quem a console entre todos os seus amigos. (Lm 1,2)
– 5ª Sexta-feira: Fazei, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor, para contigo chorar. E da Paixão do Senhor sintamos os frutos. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. (Hino Stabat Mater)
– 6ª Sexta-feira: No dia do juízo, seja eu por vós defendido, ò Virgem, e não caia nas chamas eternas. Fazei que eu seja pela cruz protegido, pela morte de Cristo defendido, consolado pela graça. (Hino Stabat Mater)
– 7ª Sexta-feira: Sofro por Vós, ó Filho Jesus. Sofro por Vós, Filho Jesus. Cheio de glória e digno de amor mais nobre que o amor das mulheres. Do mesmo modo eu te amava como a Mãe que amava o seu Filho único. “A minha vida se dissolve na dor em gemidos”. (Sl 30,11)
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos
Deus Pai do céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo
Espírito Santo que sois Deus,
Santíssima Trindade que sois um só Deus.
Santa Maria, Rogai por nós
Santa Mãe de Deus
Santa Virgem das Virgens
Mãe de Jesus Cristo
Mãe da Divina Graça
Mãe Puríssima
Mãe Castíssima
Mãe Imaculada
Mãe Intacta
Mãe Amável
Mãe Admirável
Mãe do Bom Conselho
Mãe do Criador
Mãe do Salvador
Virgem Prudentíssima
Virgem Veneranda
Virgem Digna de Louvor
Virgem Poderosa
Virgem Clemente
Virgem Fiel
Espelho de Justiça
Sede de Sabedoria
Causa de Nossa Alegria
Vaso Espiritual
Vaso Honorífico
Torre de Davi
Torre de Marfim
Casa de Ouro
Arca da Aliança
Porta do Céu
Estrela da Manhã
Saúde dos Enfermos
Refúgio dos Pecadores
Consoladora dos Aflitos
Auxílio dos Cristãos
Rainha dos Anjos
Rainha dos Patriarcas
Rainha dos Profetas
Rainha dos Apóstolos
Rainha dos Mártires
Rainha dos Confessores
Rainha das Virgens
Rainha de Todos os Santos
Rainha Concebida Sem Pecado
Rainha do Sacratíssimo Rosário
Rainha da Paz.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado
do mundo, perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado
do mundo, ouvi-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado
do mundo, tende piedade de nós.
Dir. (canto) Estava a Mãe dolorosa, / junto à cruz, lacrimosa / enquanto o Filho pendia / enquanto o Filho pendia.
REFRÃO: Mãe de Jesus transpassada / de dores ao pé da cruz / Rogai por nós! Rogai por nós! Rogai por nós a Jesus (bis).
Dir. Rezemos nas intenções do Papa Francisco, pela Igreja e diante das necessidades de nossos irmãos e irmãs, para alcançarmos, todos, as graças de que tanto precisamos. Salve Rainha…
Dir. A espada de dor perpassou a sua alma. T. Para que sejam revelados os pensamentos de muitos corações.
Dir. Oremos – Ó Deus, em cuja Paixão, segundo a profecia de Simeão, uma espada de dor perpassou a alma de Maria, Virgem Gloriosa e Mãe, concedei, propício, a nós que veneramos as suas dores, que recebamos os frutos da sua paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. T. Amém.
Dir. Abençoe-nos o Deus todo poderoso, rico em misericórdia – O Pai e o Filho e o Espírito Santo. T. Amém.
Dir. Bendigamos o Senhor. T. Demos graças a Deus.
Obs. A gravação, feita na Basílica do Pilar, desse 5º Dia do Setenário das Dores pode ser visualizada no site www.jornalvozativa.com